sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Como iniciar uma história? Como dar continuidade a palavras que não sabemos onde irão nos levar? Que tipo de histórias alguém como eu poderia contar?
Eu sinto meu espírito flamejar dentro de mim, com palavras que querem saltar em várias direções, mas onde está o início de tudo, de todo o fio da meada?
Acho que apenas posso ser o que sou, apenas posso encarar a vida das formas que me são apresentadas, eu quero entender, não quero julgar, quero saber até que ponto minha imaginação poderá se libertar, sonhos, apenas sonhos que insisto em colocar no papel, sonhos que eu risco à caneta e à pincel, sonhos... tão simples, tão mutáveis, tão fáceis de serem esquecidos por mim...

domingo, 17 de agosto de 2008

De mim, pouco restou
De mim, as cinzas
O vento as levou,
O vento me deixou
De volta onde tudo começou
O que eu temo?
O tempo
Que passa sem me deixar alternativa
Sem me dar uma saída
A não ser ficar estatelada
Aqui no chão
A vagar entre meus devaneios
A minha obsessão.

terça-feira, 12 de agosto de 2008


Sinto-me como um anjo decaído, sinto-me com asas, incrivelmente sinto, elas abrem, elas fecham, elas são maiores do que eu, elas querem me levar, querem me fazer voar, ainda não sei como consigo manter meus pés no chão, não sei como consigo, senti que elas nasceram após te conhecer, acho que essa era a resposta que eu buscava em teu olhar, reencontrar minhas asas, não sei se estou pronta para voar, mas estou treinando, não estranhe se um dia me veres voando por estes céus a rir, daqueles que nunca procuraram encontrar suas asas.

Encontro


Quando eu te conheci, não pensei que fôssemos ficar tão próximos, não pensei que estaríamos ligados de formas místicas e paranormais, apenas sinto o que sinto, sou o que sou, nossos olhos se cruzaram e, imediatamente, percebi nossa ligação, uma ligação de aprendizado, vi que tinha que te ensinar algo ou aprender algo, ou apenas cumprir uma lei cármica, algo transcendental... Por vezes eu acredito em reencarnações, outras vezes não, acho que é por época que meu lado místico aflora, percebo que sem saber quem sou na verdade, saio a procurar por respostas.
Achei que vi um fragmento da minha resposta procurada em seu olhar, este fragmento brilhou e me atraiu, atraiu para o seu encontro e agora o que tenho que fazer é decifrar o enigma, passar um tempo ao teu redor, até que minhas asas se abram e alcem vôo rumo aos céus, até que ela se dê por satisfeita.
Essa é minha vida, um eterno vôo atrás de respostas, um eterno buscar, um eterno desvendar, essa é minha vida um eterno caminhar de intenso apego e intenso desapegar, um eterno estar e abandonar, será que um dia este meu ciclo se findará? Poderei eu, um dia dar-me por satisfeita com as respostas que encontrar? Eu só quero entender o estranho brilho que me atrai dentro dos olhos das pessoas, esse mesmo brilho que por muitas vezes me afasta e me repugna.
O que eu vejo? O que eu realmente vejo não dá para expressar através de palavras, apenas posso sentir e meu corpo age instintivamente, permanecendo ou partindo, amando ou apenas se ferindo. Os olhos comunicam, somente nossas almas interpretam, será que ainda sou humana? Os humanos percebem isso? Não sei porquê mas tenho sentido que possuo asas.

sábado, 9 de agosto de 2008

Vamos caminhando meu amigo, não olhe pra trás, não há nada atrás, o passado já não importa mais, lembre-se apenas do quão forte és agora, pense no amanhã que precisa ser construido com seus passos, dobre a esquina, ande, ande...
Vamos, é chegada sua hora! Hora de mudar o mundo, de mostrar seus dons, apresse-se, é sua hora de brilhar, sua estrela deve brilhar!!
O mundo escureceria sem seu brilho, existem milhões de estrelas, mas cada estrela brilha para uma pessoa diferente, capaz de ver seu brilho, se identificar com ele, mesmo que penses que brilhar no meio de uma multidão de corpos brilhantes não faz diferença, existe alguém para quem fazemos toda a diferença, portanto brilhe! Acredite, temos que brilhar!
Para o bem da alma de alguém, faça-a te encontrar e lhe dê a única felicidade que só você é capaz de dar.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A gente ama e anda de formas diferentes por aí, sem perceber só para descontrair, nossas conversas, nossas promessas coisas que eu jamais vi, se eu passo sem perceber por lagoas e lagos rupestres, me deixo levar pela paisagem silvestre.
Eu fico com os grandes nomes da música, colecionando fatos, ouvindo vozes, expressando meu desejo, fazendo coisas velozes, eu ouço as vozes que me pedem, eu tento imitar as que sucedem, o meu espaço é breve, deixo que meu olhar carregue, aquilo que minha alma perdeu.
Não me deixe agora, eu peço em vão, mas as horas de dispersão, de intimidade com a alma, o abraço já se perdeu... temos os compromissos, a velocidade, a ferocidade, a cidade amanheceu, as pessoas se deixam quando abrem os olhos e assumem os passos de uma estrada que não se conhece, mas apenas se sabe que ela afasta aqueles que querem estar sempre perto...
O que eu faço com as coisas que guardei no armário durante décadas? Simplesmente jogo fora e perco todas as minhas épocas?? As pessoas mudam tanto em cada passo que dão, apenas umas poucas verdades e caminhadas que não quero admitir, mas ainda estão lá, elas me olham e me perseguem, eu sou tão sem sal, eu fui um nada tão completo. As minhas recordações são boas, mas vejo que não fiz nada de concreto.
Quando o meu roteiro termina? Quando a minha passagem pelo mundo acaba? Quando? Estou cansada do meu filme, estou cansada... Qual o meu destino?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Quando quisermos aprender alguma coisa, devemos colocar em nossas mentes, que essa coisa que queremos aprender só conseguiremos se colocarmos em prática, fazer fazendo.
Nos predispomos a amar, mas em que consiste amar? em que consiste estar com outra pessoa e amá-la? amar significa passar o resto da vida com uma pessoa só? amar significa casar? tomar a outra pessoa para si e cuidar dela? ou é apenas uma troca de beijos, sexo, satisfação e prazer?
Hoje eu passei o dia me interrogando o que vem depois, o que vem depois que conseguimos tudo o que achamos que devíamos conseguir?
As pessoas que eu conheço são unânimes em dizer que não querem ter família, tipo: casa, esposa/marido e filhos. Se não é para isso que trabalharemos feito condenados, sofreremos de altos graus de stress e ficaremos sedentários, se não é para a perpetuação da espécie, então para quê? Para satisfazer nossos desejos consumistas? Para comprarmos carros que ajudarão a poluir a face da terra e destruir nosso planeta? Para viajarmos e conhecer o mundo e ainda assim não perceber o sentido de nossas vidas? Se é para uma vida solitária que caminhamos, então por que insistimos em procurar a companhia do outro? Se não é para completar nossas vidas e ter mais um sentido para o que fazemos, por que fingir sentimentos como o amor se no fundo queremos apenas prazer, então para quê?
Faríamos menos pessoas sofrer se admitíssemos o que queremos, o que realmente queremos, se algumas pessoas não querem ter família, então por que não ficam quietas em seus cantos e contratam prostitutas para satisfazer suas necessidades sexuais, em vez de entrar em relacionamentos que no fundo sabem que não darão certo, porque sabem que não querem isso para suas vidas? O mundo seria muito mais feliz assim, menos pessoas no mundo sofreriam.
Ou quando dizemos que não queremos ter uma família, estamos sendo hipócritas, por que é justamente tudo o que queremos? De qualquer modo, seria mais fácil admitir que queremos ter uma família com a casa, filhos e um cachorro, pois quem sabe cuidaríamos melhor do mundo e entenderíamos porque é tão importante preservá-lo.
Estou pensando demais, é melhor mesmo que a raça humana seja dizimada, quando é o próximo dilúvio? Acho que já está na hora de nascermos de novo e revermos nosso conceito.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Me ame, me pegue, me chame
Me faça, me peça, me mande
Me diga, me liga, me clame...

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Ando tão desligada de tudo, penso sobre as pessoas, sobre meus sentimentos, sobre o que me realizaria, ando tão louca e tão sem perspectiva, que me deixo decair nesses devaneios que me tomam a vida, será que alguém percebe o quanto estou pensativa? Eu me recordo de coisas que jamais vi na vida, eu me recordo de uma vida que não sei se tive, me recordo de sentimentos, de palpites, me recordo dos meus modos e da minha agressividade sem motivo, dos dias em que tive coração de pedra, eu me pergunto para onde foi a pedra?? Sou uma manteiga derretida...