segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Eu não sei de onde vem, se vem de mim ou de ti, um sonho de construir, algo que não possa ser distruído, minhas forças estão esgotadas de tanto lutar contra a maré, meus ideais todos estão por terra.
Quando eu falo ninguém parece querer entender o que tenho a dizer, meu coração está fechado, fechado!! Eu não consigo sentir nada, não tenho aspirações, e de nenhuma forma consigo ver essa circunstância mudar, morri para o mundo, o que está aqui é apenas uma casca do que eu já fui, minhas emoções já eram, só o medo persiste... sim, ele não me deixa...
Eu quero entender, algo que somente eu posso entender, eu lanço músicas ao vento, lanço teu nome ao vento para que outra pessoa possa pronuciá-lo e, assim serás feliz, pois felicidade nunca houve em, tudo passou... tudo passará...
Mas tudo o que há em mim já passou, passaram-se todas as coisas que alguém poderia esperar, tudo passou, e não me resta nada senão vagar, como um corpo sem alma, que apenas vive das lembranças que as criou, nada importa mais, não importa mais, sou o resto do que sou...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Estou num cenário paradisíaco, onde nunca sonhei estar, estou olhando por uma janela e vejo o mar, o vento que entra por dentro dela começa a me tranquilizar e aos poucos, sinto que posso relaxar, que não posso me preocupar com problemas como as brigas e o mal estar, aos poucos sinto-me pronta para recomeçar. Não me permiti, dessa vez, permanecer em um estado de verdadeira deprê, e decididamente continuar a viver, olhar tudo de outro ângulo, sem auto piedade e apego ao sofrimento.
E sempre ouvi dizer, mas nunca dei atenção, que o mundo não pára só porque feriu seu coração, o sol ainda está brilhando e a brisa ainda entra pela janela, e como diz Roberto numa canção: se já chorei ou se sofri, o importante é que emoções eu vivi...
A vida continua, e hoje, só por mais 24h tentarei continuar positiva e ver um aspecto bom, parar de pensar nos problemas, pois agora vejo quão pequenos são, depois de analisar tantas dores e tantos fatos, há sempre algo maior do que eu ou qualquer outra pessoa nessa terra, e posso sentir claramente como todas as questões são pequenas comparadas a essa sensação de grandiosidade, que apesar de massante ainda é a vida...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Folhas ao vento não sabem onde vão parar
Se em um chão de cimento
Ou numa terra onde possam se decompor

Folhas ao vento
Andam pelo mundo
Sem documentos
Sem porto seguro

Folhas ao vento
Aparecem em árvores
No momento oportuno
Mas jogam-se aos céus em menos de um segundo

Folhas ao vento
Mudam de lugar
No mês de setembro
Para árvores florar

Folhas ao vento
Sabem que seu destino
É voar

Alimentar o solo
Para novas folhagens
Poderem surgir
E com o tempo se soltarem
Para uma viagem sem fim.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

As pessoas pegam o sofrimento e transformam numa canção, ou num poema, mas eu não sei fazer canções perfeitas e nem sei escrever muito bem, embora sempre escreva movida ao sofrimento e ao desespero. Algumas pessoas acham que isso é banal, ou que não se deve fazer isso, ou simplesmente arranjam milhares de formas de criticar quem faz isso. O fato é que um sentimento posto num papel, ou numa música, ou até mesmo no blog, só será sentido se o leitor estiver passando por um momento parecido, ou já tiver passado por algo parecido e que ainda o perturbe a mente.
No meu caso, não deixa de ser diferente, deixo exposto aqui todas as minhas angústias e minha dor, não porque eu queira que isso se torne público, mas como uma forma de ver de fora minha própria vida e aprender com minha dor, o que é bem desesperador, assim como, aproveito para limpar minha mente de todos os meus pensamentos que me atormentam e não me deixam dormir.
Estou terminando um ciclo e começando outro, não sei se o tempo e o vento são favoráveis, o fim é trágico, dói e machuca bastante, não é fácil, se fica meio perdido, não se sabe para onde ir e nem o que fazer, mas de uma hora para outra sei que virá uma luz e iluminará o túnel escuro, os problemas começam a ser resolvidos e as decisões tomadas, algumas reconstroem um futuro, outras perturbam ainda mais a mente, até que do meio do caos surje uma nova direção, tem-se que deixar o passado e seguir em frente, não sei bem ainda por onde começar, mas quando o meu luto terminar, irei avaliar o que sobrou dos meus escombros, abrir uma pequena fresta para deixar a luz do sol entrar e mirar o céu.
Sei que ainda irei cair muitas vezes, por causa de amores que chegam ao fim, irei cair e levantar, até não restar mais pó de coração, vou ouvir as pessoas ao meu redor me julgarem, mas julgarão em vão porque não sabem nem a metade daquilo que se passa num coração, e isso servirá para que mostrem ainda mais suas faces obscuras, pois ainda que cometendo vários erros imperdoáveis, assumo a responsabilidade por eles, não me esconderei das consequências, nem dos julgamentos, e por isso não ficarei escondida entre mantos a fofocar, mas somente aqueles que procurarem por respostas se mostrarão sensatos...
Estou de luto, um amor morreu, eu assisti ao seu velório, ao seu assassinato e não pude impedir, a ira se levantou com sua mão pesada, mas o perdão a amenizou, como o sol à madrugada, mas o perdão vem de dentro, levará um tempo para que esta pobre alma, sim pobre! porque humana e fraca és! sentir-se digna do perdão de si mesma, façam silêncio, morreu um amor, acabou-se um mundo, mas a lembrança dele nunca se perderá, já que tudo é um aprendizado e somente é isso que dessa vida irá levar, as dores e as curas, como marcas de experiência. Silêncio...