terça-feira, 16 de junho de 2009

Balancete

Não quero te falar de coisas que não sei explicar
Não quero deixar subentendido
Ou qualquer relação com o escondido
Quero apenas ser e sentir
Não coisas ao pé do ouvido
Mas em todo o meu ser.

Quem sabe assim eu enfrente
O medo de seguir em frente
Parar de olhar o passado
E observar meu rosto transfigurado
Em símbolos que não mais quero lembrar...

Sobre mim e ti
Nada mais além do mais
Nada além...
Quero apagar os teus sinais
Para o teu próprio bem
E copiá-los em outra parte
Onde caiam bem
Pois transfiguras-me a alma
Atravessa meu mundo
E não quero que vejas
O que fazes comigo
Pois é um sigilo meu
Um segredo...

Que terás de descobrir
Quando estiveres esquecido
O que sabes de mim
E as coisas que eu duvido
Para que eu possa segurar tua mão
E aparar-me em teus pés
Como a árvore se finca ao chão
E as letras nos papéis

Sejamos o que somos
Aprendamos o mais
Me mostra, que eu te mostro
E saberemos muito mais
Já que somos opostos
Complementares como os dois sinais:
O menos e o mais.
Assim nos anularemos
Já que seremos simétricos.