segunda-feira, 17 de março de 2008

O conto de fadas - A descoberta!

Sem saber o que sentir, a garotinha sentiu medo... A vila de dragões não tinha sido atacada, apenas sido atingida por acidente por uma bala de canhão, que vinha do campo de batalha onde estava sendo disputada uma guerra entre o reino onde ficava o abrigo dos dragões e o reino das Montanhas Nevadas, quem participava dessas guerras eram humanos.
O reino de Dragólia, onde os dragões possuiam sua vila, era afastado dos humanos e perto da fronteira com o reino das Montanhas Nevadas, ou seja, a vila de dragões ficava no limite entre as duas terras, num lugar que tinha sido esquecido por ambas aas partes, já que ninguém passava por ali há séculos, mas a população dos dois reinos foi crescendo, então houve a necessidade de mais terras, mas como já fazia tanto tempo que ninguém passava pelas fronteiras, nenhum dos dois reinos sabia onde terminava suas terras e começavam a do outro, por isso foi instaurada a batalha e o abrigo de dragões ameaçados.
Depois que a poeira baixou, a garotinha resolveu sair do seu esconderijo e ver o que tinha ao seu redor, estava nua, pois não tinha sido criada por humanos e nem sabia o que era roupas, nas noites de fria se aquecia apenas com o amontoado de folhas secas onde dormia, assim como os ninhos dos dragões. Ela estava com fome e o medo ainda permanecia dentro de si, já que não conhecia o mundo que estava vendo pela primeira vez... a escuridão da floresta lhe causava arrepios, estava com fome, mas teve que permanecer assim, pois não sabia como encontrar comida, já que os dragões lhe forneciam o alimento queimado pelo fogo e morto, ela não sabia o que comia. Assim, de estômago vazio, passou a noite.
Na manhã seguinte, ela acordou com o sol forte em seus olhos, a fome aumentara mais ainda, então ela sentiu um cheiro e resolveu segui-lo, era um cheiro doce e ele a levou na direção de uma árvore, ela era tão verde, tinha um perfume tão bom, nas suas galhas tinham uns frutos, a garotinha tentou alcançá-los para pegá-los, eram tão lindos e brilhavam tanto à luz do sol, o cheiro que sentia vinha deles, eram cajus, tinham um gosto doce e amargo no final, mas não fazia mal, a fome era tanta que nem percebeu.
Com a luz do dia o seu temor passou, podia enxergar melhor e não tinha mais o barulho dos canhões, ela resolveu explorar o seu pequeno paraíso agora que estava em paz, indo mais a fundo por entre as árvores. Durante sua caminhada, encontrou um lago, ela não sabia o que era um lago, mas sabia que era água, pois os dragões lhe davam água junto com o seu alimento e sabia que ela caía de cima de sua cabeça, ela chegou próximo ao lago e viu seu reflexo na água, assustou-se, saiu correndo, mas voltou a se olhar, porque pensava que tinha alguém vivo dentro da água, alguém que tinha o corpo parecido com o dela, chegou mais próximo e viu que a imagem não fazia nada, resolveu tocá-la e sua mão sumiu na água, mas não pôde pegá-la, fez um movimento com a mão e viu que a moça da água também repetia, tocou seu rosto e o reflexo também tocou, tirou a cara de frente da água e a imagem também desapareceu. Ela olhou o lago mais uma vez e viu que ele tinha árvores dentro dele e que estas árvores eram iguais as que estavam ao redor dele, então presumiu que era ela que estava dentro do lago.
A menina começou a olhar-se, a perceber que era ela mesma e como era sua aparência, não gostou do que viu, estava da cor da terra e a água tão bonita. Ela viu que alguns animais brincavam na água e bebiam água, então decidiu fazer o que eles faziam e sentiu tão bem e muito feliz!
continua...

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