domingo, 27 de novembro de 2011

À Sophia...


A cada minuto em que me percebo, estou banhada em lágrimas, lágrimas de saudade, debaixo do chuveiro, por certo é uma raridade que ganharei o mundo inteiro, nas asas da liberdade serei um garimpeiro, mas por essa saudade um eterno prisioneiro, cheio de ouro e de pó, um caminhoneiro que dirige entupido de êxtase e café, sem poder parar, sem poder descansar, sempre indo a algum lugar...
Será que conseguirei ser assim, sem raiz? sem desaguar em algum mar, não será o suficiente amar e por isso se deixar embarcar num navio sem rumo, sem porto, sem seguro para o carro que desce no abismo...
Mas o foco são as lágrimas, aquelas que me assaltam ao ver luzes de natal, não mais no Shopping Colonial, mas num Rio Anil. Os olhos daquela criança que grita meu nome e ri desesperadamente, que na minha companhia é a mais contente, enquanto eu não consigo deixar de ser sempre triste...

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